quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Qual o conceito que você tem de gramática?



Uma criança, aos seis anos, domina a estrutura da língua, pois já a possui internamente. Na sua fala as palavras são organizadas, faz uso apropriado do masculino e feminino, além de fazer relação de causa e gradação.
O ensino produtivo da gramática propõe que o professor valorize o conhecimento que a criança leva do contexto familiar para o espaço escolar.
No EF/anos finais, esse ensino se dá colocando o aluno em contato com os diversos gêneros e com a produção de textos.

A gramática descritiva preocupa-se em descrever como a língua é usada naturalmente por seus falantes em situações específicas. Tal observação implica em análise. Quando analisamos observações feitas em situações específicas, praticamos o ensino reflexivo da gramática.
O estudo reflexivo da gramática é, quase sempre, o desdobramento natural de um bom ensino da língua e isso envolve a reescrita da produção de textos.
Isto requer do aluno a reflexão sobre suas escolhas e estudo das possibilidades de melhor se expressar.

A gramática normativa tem seu foco exclusivamente no estudo das regras de uso da norma culta. Nela, a noção de erro e acerto é muito marcante, pois, somente o ensino prescritivo da gramática normativa era valorizado.

Na sala de aula é bom considerar um tempo para cada um dos tipos de ensino: o produtivo, o reflexivo e o prescritivo. Para que assim, auxiliemos o nosso aluno a desenvolver competências para o uso da língua nas mais diversas situações sociais.





Fonte de pesquisa: Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - GESTAR II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria Prática 2 – TP2 Análise LINGÜÍSTICA e Análise Literária. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Língua e Cultura

Muitos dos textos que produzimos, como também as comunicações oficiais, são elaborados de acordo com a norma culta.
A norma culta, do ponto de vista da comunicação e como uma das variantes do dialeto, é eficiente e válida . Sua importância é inegável, pois, é a nossa língua padrão. Porém, isso não faz dela a melhor, e nem a pior, de todas.

Como é o ensino da norma culta no ensino fundamental?
É um ensino que valoriza a diversidade linguística?

É aconselhável que a escola, espaço de interação e aprendizagem, não alimente o preconceito lingüístico. Atitudes preconceituosas fazem com que o aluno perca o interesse em adquirir conhecimentos e isso, consequentemente, o exclui das oportunidades na sociedade já que ele não irá, assim, desenvolver a capacidade de compreender e produzir os mais diferentes textos, para as mais diversas situações da língua.

Sabemos que toda atitude preconceituosa promove, injustamente, a exclusão.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA = AVALIAÇÃO

Cada forma linguística variante recebe, numa relação de poder, uma avaliação distribuída ao longo de uma linha que vai do mais estigmatizado ao mais prestigiado.
Observe os dados abaixo:

+estigma................... +prestígio

- renda.............................+ renda
- escolaridade...................+escolaridade
+ rural..............................+urbano

Na sala de aula, é preciso valorizar as modalidades da língua: oral e escrita.
A oralidade não é um campo exlcusivo do registro informal, pois há situações que exigem o emprego da oralidade no tipo formal. Ela é uma linguagem viva, rica de possibilidades de intervenção entre os locutores.

Ouvir e falar, ler e escrever, devem ser atividades constantes na sala de aula.

3 pontos importantes:

.A norma padrão é um elemento importante da nossa cultura e não pode ser desprezada.
.Os gêneros com escritos mais monitorados são os que gozam de maior prestígio social.
.As estruturas textuais características da norma culta só podem ser aprendidas se em contato com elas. Contato este que se dá através da leitura e da escrita.

Outros 3 ontos igualmente importantes:

. Numa época em que está em voga o respeito à diversidade, o respeito à diversidade linguística também é um direito.
. Aprender a norma culta é ter mais uma opção de uso da língua.
. Quanto mais opções o aluno conhecer, mais ele poderá atuar na sua comunidade, na sociedade e se desenvolver como cidadão.

Então, o que priorizar?

De acordo com Magda Soares, precisamos reconhecer que os nossos alunos devem aproximar-se do dialeto de prestígio e dominá-lo, não para que se adaptem às exigências de uma sociedade que divide e discrimina, mas para que adquiram um instrumento fundamental para a participação política e a luta contra as desigualdades sociais.

Ao permitir que o sujeito interprete, divirta-se, seduza, sistematize, confronte, induza, documente, informe, oriente-se, reivindique, e garanta a sua memória, o efetivo uso da escrita garante-lhe uma condição diferenciada na sua relação com o mundo, um estado não necessariamente conquistado por aquele que apenas domina o código (Soares, 1998).
Por isso, aprender a ler e a escrever implica não apenas o conhecimento das letras e do modo de decodificá-las ou de associá-las, mas a possibilidade de usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação, possíveis, reconhecidas, necessárias e legítimas em um determinado contexto cultural.


Fonte de pesquisa: Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - GESTAR II. Língua Portuguesa: Caderno de Teoria Prática 1 – TP1: linguagem e cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Por dentro, as pessoas são livros


São tantos os conhecimentos na mente das pessoas... e lê-las é uma tarefa árdua, porém, prazerosa. Em Minas Gerais tivemos a oportunidade de nos lermos. Compartilhar as leituras e conhecer melhor o outro é fundamental. Isso se dá primeiro com a receptividade das pessoas. E mineiro entende muito bem disso.
Quando eu aceito o outro e presto atenção em tudo que ele transmite e participo ,assim, de uma cadeia interacional, eu acumulo uma quantidade tal de conhecimentos que se torna impossível mensurá-la.
Como é bom conhecer novas pessoas. Melhor ainda é poder revê-las.
Que eu tenha transmitido tanto quanto recebi de cada mineira no período do nosso 2ª encontro.
Que as novas leituras que tenham feito de mim produzam constantes reflexões que se propagarão atéééééééé... que sejam feitas novas leituras em novas pessoas. Afinal, por dentro, todas as pessoas são LIVROS.

Um grande abraço!

Professora Luzia